(4.570) O Restauranter:
SÉRIE TRABALHO – 40 ANOS – BALNEÁRIO
PRATINHA
Recém chegado em Palmas em janeiro de 2000, em busca de trabalho, imigrante na época do Rio Grande do Norte onde havia vivido por 10 anos, procurava um trabalho quando foi ofertado uma vaga no Balneário Pratinha.
Antes da submersão do Distrito de Canela o Balneário Pratinha era uma das opções de diversão, além claro da Praia da Graciosa que surgia nas temporadas de férias às margens do Rio Tocantins. O balneário recebeu esse nome por ficar localizado às margens do Córrego Prata. Faz parte da história do Distrito Canela a passagem da Coluna Prestes que ocorreu por volta de 1925, fato de que todos se orgulhavam, tornando marco na história do povoado. A implantação da capital trouxe esperança para os habitantes do vilarejo, esquecidos na antiga região Norte de Goiás. Os moradores tinham possibilidades de fazer trabalhos extras, atuando na construção de barracas, como pintores, artesãos, vendendo frutas e hortaliças, e ainda fazendo transporte em canoas na travessia do Rio Tocantins.
Distante apenas 10 Km do Centro da Capital Palmas, seu acesso era feito pela antiga TO-080, hoje submersa pelo Lago da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães - UHE do Lajeado.
Durante o ano todo, os moradores de Palmas e região se refugiavam no Balneário Pratinha que oferecia banho em piscinas naturais de águas frias. No restaurante eram servidos peixes da região tais como Caranha, Tucanaré e Surubim, além de carnes e ainda era oferecido serviço de bar, com cerveja Brahma geladíssima. Oferecia também música ao vivo aos sábados e domingos, na maioria das vezes tocada pelos músicos Netinho Moreira e Ed Carlos, que apresentavam um repertório eclético, mas focado na música sertaneja.
Naquele tempo o local tinha como diferencial a possibilidade de se levar carnes para churrasco que podiam ser assadas em churrasqueiras que eram disponibilizadas sem custo para os costumers, e ainda vendia carvão e gelo para os mais desprevenidos. No amplo espaço formado por um bosque de árvores nativas e frutíferas era possível amarrar a rede e deitar para relaxar à sombra.
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