A VIDA É ASSIM...

(5.636) O Restauranter:

                                                          A VIDA É ASSIM...                 Por Maurício Goulart

A vida imita a natureza, sendo assim vou apresentar uma breve descrição comparativa pessoal da imagem apresentada logo abaixo.

Nossa vida pode ser comparada a este maravilhoso espetáculo que está representado nessa captura única do nosso céu noturno. Sendo assim nossa vida seria o céu, e o que acontece nela seriam essas nuvens que estão a dividir o espaço, a completar e a preencher nossa vida. Na vida não temos controle sobre as ocorrências inevitáveis ou sobre nosso destino, nos limitando a escolhas do livre arbítrio para ações cotidianas ou para escolhas sentimentais e racionais, pois somos incapazes de decidir sobre viver, morrer, ter saúde, amor. No céu acontece o mesmo nuvens brancas, nuvens cinza, nuvens negras, e às vezes nenhuma nuvem, pintam um cenário inesperado que pode ser totalmente bom ou totalmente ruim. Na realidade penso que não são os fatos e sim a maneira que lidamos com eles que irá nos proporcionar a passagem tranquila pelas fases obscuras como negar, ter raiva, barganhar, ficar deprimido ou aceitar. Não podemos interferir num dia de sol ou num dia chuvoso, mas podemos nos prevenir e nos adaptar e contornar as consequências, usando antídotos para essas intempéries. Nesse contexto um dia extremamente ensolarado deve ter muita água e proteção contra a exposição direta do sol, e num dia de tempestade abrigar-se dos raios, manter-se protegido das águas ou usar um guarda-chuva simplesmente.

Na realidade o importante não é o cenário, que pode ser um céu limpo ou cheio de obstáculos, porque o objetivo principal é a luz. Exatamente, no meio deste cenário único, a Lua se faz presente, como a mostrar o objetivo, a meta, o ponto de referência, o farol, sendo o norte, algo a mirar a navegação para alcançar um paradeiro de calmaria. A vida está metaforicamente descrita onde o objetivo deve ser a plenitude do ser e toda a magnitude da vida. Uma vida sem meta ou objetivo, é uma vida apenas sobrevivida, não plenamente vivida.

Mas assim como a lua tem fases à vida também as têm e alcançar a lua não garante permanência nela, afinal uma lua cheia está plena e com muita área a explorar mas, vai degradando sua plenitude até chegar a lua nova, totalmente escura e inóspita que é uma incógnita, é necessário explorar e conhecer e isso vai permitir crescer para chegar novamente a uma nova e única, outra lua cheia. A vida também é assim depois de passar pelas nuvens que impedem a visão de um cenário limpo, depois de vencer obstáculos, de sofrer com sol e chuva, de passar cada abismo e enfrentar todos os ventos e às vezes furacões chegar na lua é um paraíso. O problema é que essa condição não é eterna, porque assim com a vida, a lua também é mutável. A estabilidade cotidiana de hoje se deteriora com algum problema ou acontecimento, desvarios ou loucuras, que na realidade nos impulsionará a um ponto de recomeço que pode ser nomeado lua nova, e é nesse ponto exatamente que a mágica da superação e da lucidez devem sobressair, criando alternativas, aceitando, focando em traçar metas para um novo lugar especial, a lua cheia.

Nenhuma vida é o Mar de Tranquilidade, nada é perfeito, afinal perfeito do latim perfectus, que quer dizer feito por inteiro (acabado). E nesse ciclo interminável da vida, terminamos mencionando uma região da lua para finalizar o que começamos no mesmo lugar que estávamos e que agora estamos, numa busca incessante de um sentimento de plenitude total.