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SACA-ROLHA, FERRAMENTA BÁSICA
Conheça os tipos de saca-rolhas, a forma de usá-los e as situações em que eles são necessários Por Arnaldo Grizzo e Eduardo Milan em 12 de Setembro de 2014 às 00:00
Para muitos, o saca-rolhas ainda hoje é um instrumento que intimida, que inibe uma relação com o vinho. Mas já foi muito pior, quando havia apenas um tipo, aquele com a espiral de metal em um suporte básico no qual é preciso de técnica e força para retirar a rolha sem quebrá-la. Atualmente, porém, a indústria facilitou e muito a vida dos enófilos, criando saca-rolhas modernos em que simplesmente não se faz esforço algum para abrir uma garrafa.
A infinidade de modelos é incrível. Baseados em princípios de mecânica simples, como alavancas, eles possuem inúmeros designs, mas a finalidade é sempre a mesma: ajudá-lo a liberar o líquido cuidadosamente guardado por aquele vedante de cortiça. Atualmente, fala-se em seis tipos básicos: o tradicional, o de sommelier, o “borboleta”, o “coelho”, o de mesa, o elétrico, o de pinça e o de pressão. Apesar de teoricamente servirem para o mesmo fim, cada um pode servir para uma ocasião diferente. Mas, antes de entrar nesse ponto, vale conhecer um pouco da evolução dessa ferramenta.
Garrafas e cortiça
A história do saca-rolhas guarda relação íntima com
a história das garrafas de vinho. De fato, na Antiguidade, os vinhos eram
armazenados e transportados em ânforas de terracota. Por serem grandes, esses
vasos dificultavam o serviço da bebida, tornando necessário o uso de um
recipiente intermediário, normalmente jarras de argila ou de cerâmica. Quando
os romanos inventaram a técnica de produzir garrafas de vidro soprado, elas
também passaram a ser usadas com essa mesma finalidade.
A menção escrita mais antiga
sobre o saca-rolhas é de 1676 e fala de “um parafuso de aço utilizado para
remover as tampas das garrafas”
Foi uma
questão de tempo até que, no século XVII, o vidro passasse a ser produzido em
quantidades comerciais, se tornasse bastante comum na Europa e as garrafas
fossem usadas diretamente para armazenar vinhos, e não apenas para servi-lo.
As
primeiras garrafas tinham o corpo em forma de globo e o pescoço mais longo e
cônico. Mais tarde, o contorno das garrafas passou a lembrar o de uma cebola, mas,
de todo modo, não havia um tamanho padrão para os pescoços, tampouco esses
envases podiam ser guardados na horizontal. Assim, rolhas cônicas funcionavam
satisfatoriamente como uma tampa, especialmente porque um pedaço delas
permanecia para fora do topo da garrafa, fazendo com que fosse bastante fácil
removê-las com as mãos.
Em meados
do século XVII, as garrafas já haviam evoluído para um formato cilíndrico,
podendo ser armazenadas horizontalmente – o que providenciava mais espaço nas
adegas, já que podiam ser colocadas lado a lado. As rolhas tiveram que
acompanhar essa mudança, passando a também ser cilíndricas e com diâmetro
padrão. Obviamente, remover essas “novas rolhas” já não era tarefa tão simples
e um artefato especial para abrir as garrafas precisou ser desenvolvido.FONTE
Original: http://revistaadega.uol.com.br/artigo/ferramenta-basica_9986.html#ixzz3RNMh6GCa
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